E somos, assim, a desgraça que se completa, o silêncio que fala por nós, a saudade que nos empurra um para o outro. Somos, assim, a demora, a paciência e sobretudo o querer. O esperar, o querer ficar. O mar e vontade de mergulhar, a música e vontade de cantar. Porque somos, assim, tão um do outro sem saber. Tanto amor sem o querer conhecer, deixando a descoberta para o resto do tempo que nos resta, numa bomba-relógio sem explosão previsível. Do possível ao inacreditável somos, assim, o sermos simples e tão juntos. Juntos... daquilo que nos une, sem ter de ter definição.claire



