18 de março de 2013

Não devíamos querer que a vida fosse mais ou menos. Podemos permitir mas, na verdade, isso não deveria chegar. E a verdade é que não chega e a verdade maior, é que a vida é sempre mais ou menos para quem a vê mais ou menos.



querendo ser feliz sem ser mais ou menos

4 de março de 2013

Chamava-se... não me lembro do nome dela. Acho até que não tinha nome, e se tinha cabia em todos os recantos que o amor refugia. E cabia tão bem na vida... Não era grande mas pensava alto, e os seus sonhos, esses, não ditavam o seu tamanho mas sim a sua vontade. Eram sonhos de papel, manuscritos que a ninguém cedia. Eram dela. Foi ela que os criou. Até que um dia, como em todas as vidas, ela percebe que as quedas são para todos e que não existe nada mais negro que a escuridão do chão. Tinha sido ele. O destruidor de sonhos. De todas as quedas ela guardava uma lição, a de quem lhe roubava os sonhos o fazia porque apenas nem vida tinha para criar os seus próprios sonhos de papel. E ela sentou-se, pegou numa folha e balançou a caneta... como se da escrita de uma melodia se trata-se. Mas não. Inventava mais um sonho de papel, porque amor é saber que os podem quebrar mas esperar que isso não aconteça. E se aconteceu, então não era amor. Aí encheu a boca com um sorriso e passeou as ruas felicidade. Tentando para sempre.

Tão profundamente Claire