27 de fevereiro de 2012

Claire-eu-Claire

Gostava que fosse o chilrear primaveril dos passarinhos a despertar-me para mais um dia. E gostava também de ter o tecto repleto de frases de força, esperança e amor à vida. Também me faziam tremer os pés, se me oferecem-se flores, não em jeito de prenda mas sim envoltas em carinho. Entre outras coisas, eu gostava de gostar de chá quente. De gostar de puré. De gostar cenoura crua ou mesmo de ser surfista. Eu gostava de gostar daquilo que sou, com aquilo que tenho. E esse é o problema de toda a gente: querer ser e ter aquilo que não é, ou aquilo que não tem. Mas há uma diferença entre mim e quase toda a gente. Chamo-me mesmo Claire, num interior profundo. E profundamente também, amo a vida. Nos seus vagares e nas suas corridas. Ou mesmo nos joguinhos das escondidas. E esse amar, constrói-se com pedaços de nuvens por perto... A dizerem-me que firme é o meu lugar, e que a queda pode ser perfeita. Essa nuvem és tu, meu meu meu.

25 de fevereiro de 2012

esperança para toda a gente. Com muito amor, luisa

E ainda há tempo para espreitar à janela mais uma vez, só mais uma vez. Porque a verdade que não consegue enganar os mais sépticos é que a vida dói naqueles dias de saudade intensa, não de coisas nem de luxos, mas de almas que vestiam roupas para se agasalhar do frio e que iam à praia quando o sol assim o convidava. É porque isso é simples, é o exacto. É a nossa história, que todos os dias julgamos ser diferente de tanta gente... mas nós somos essa tanta gente. Tanta gente a quem a distância provoca comichões sentimentais, naufragadas em calafrios e lágrimas meio nocturnas aquando sonhos... só sonhos. Porque somos sonhos. Exactamente os sonhos daquilo que queremos ser. E já a psicologia confere que só existe desilusão por não aceitarmos que as coisas não serão tal e qual aquilo que vagueia no nosso pensamento, algures no imaginário ridiculamente idealizado. A verdade, somente a verdade, é que existimos para sermos aquilo que somos, como nascemos e como as circunstâncias nos moldam. Existimos, porque tal como diria a minha querida Joana foi-nos dado este lugar. Só precisamos de lutar para o mantermos connosco. E eu acredito. Acredito que não precisamos de mais nada, um chá ou umas bolachas, beijinhos madrugadores e conversas de estalar emoções... Mais nada a não ser o simples. Sem vivermos nessa zona, que está ao nosso alcance não cair. O abismo que toda a gente ouve falar. Para mim são mais dias com nuvens, que podemos perfeitamente guardar o sol quando ele chegar debaixo da almofada e acordar a brilhar. Olhar pela janela e perceber que a roupa e a conjugação de modelos, marcas e cores só fará com que a borbulha no rosto seja quase nada... só fará com que de nós só sobressaia o estilo que adoptamos e não os livros que lemos. A poesia que escrevemos ou a música com que vivemos. Não fará de nós melhores pessoas fumar e deixarmo-nos pelo álcool. O único motivo que o conseguirá, é sermos nós. Tão simplesmente nós. Apaixonadamente distraídos, ou sonhadores oprimidos, ou até quem sabe preguiçosos mágicos. Todos temos alguma coisa para dar, mais do que sermos bons a receber. Todos somos, porque todos existimos. E demore o que demorar, quando chegarmos a essa conclusão até as flores do jardim da tua casa irão parecer mais bonitas.

23 de fevereiro de 2012

raquel

Não tentes saltar um muro maior do que o teu tamanho, porque nem todas as quedas se curam... nem o amor é desculpa para tudo. Ou mesmo o passado. Nem o passado sublinha o presente. Nem o mundo vive pra ti

21 de fevereiro de 2012

filosofias

Deixa as pontas das cordas por atar, e os fins de estrada por desvendar. Deixa o mundo, e vive só. Sem querer saber do futuro, mas a amar sempre o presente. E aprende a saber esperar. Mergulha na naturalidade. e...que seja

18 de fevereiro de 2012

Não gosto de me dar, mas no que toca à vida não há réstia de mim que sobreviva. E considero isso o segredo para a estabilidade, mesmo que seja difícil- pode ser tão fácil: Agarrar todas as pontas da vida e formar laços perfeitos. Gostar de ti e seres igual a ti próprio. Quando a lua é cheia ou quando as noites não estão iluminadas. Porque todos os dias são dias, mesmo que só repares nisso antes de te deitares, quando um dia já passou. Seguido de outro, tão rotineiro como o anterior. Pega num livro, mergulha por lá. É o abismo perfeito, no sentido que voas para o fundo das emoções escritas em papel. Voa e agarra a vida, ela não pode só olhar por ti mas eu tenho a certeza que nunca te deixará sozinha (...)

15 de fevereiro de 2012

"problema de expressão"

É como ter medo, sem que haja nada a temer. Um fundo sem princípio. Um copo tão vazio quanto cheio. Um pássaro que já não sabe voar, mesmo que o caminho não tenha mudado. Um resto de nada, mergulhado em amor... quase tudo. E restamos nós, sem saber um do outro. Um quase nada, num mundo tão cheio. Com mãos geladas embrulhadas em paixão. Um vida que deixámos de saber.
Raquel

9 de fevereiro de 2012

- É tão triste saber que do lado de lá não existe o mesmo
- Triste é nunca pisares este mar de emoções...
- Mesmo que seja frio?
- Mesmo que até seja demasiado frio.

6 de fevereiro de 2012

Deste lugar...

De um lugar onde eu possa ver a vida a puxar-me para que viva junto dela. De um lugar onde todas as músicas me façam feliz, tal como as pessoas. De um lugar onde os dias não terminem, mas que apenas a noite chegue mais cedo para iluminar mentes vagas. De um lugar onde o momento é o tempo que eu quiser. De um lugar onde me mantenho firme, que nem pássaro sem vontade de voar. De um lugar... que eu quero que continue a ser o teu coração.

3 de fevereiro de 2012

E talvez nem o mais belo dos poemas, enlaçado com fita cor-de-rosa chegaria para te tocar ao de leve, como lábios que te querem pedir. Pedir-te. Inteiro ou apenas aquilo que estejas disposto a mostrar. Mas a pedir-te, é o que sonham os meus lábios. Pedir-te mais um dia neste mundo maravilhoso que é o teu amor, quando acordo em nuvens brancas e flores de jasmim pelo quarto. Pedir-te, sem te esperar. Um desejo que vive na telepatia que é conhecer-te e sentir-te os passos, quando direccionados a mim. Sentir-te... pedir-te... Quando o mundo não mais parece do que duas pessoas de mãos dadas. Duas pessoas que moram nos nossos corpos. Na eternidade dos tempos.

Claire... a flutuar

1 de fevereiro de 2012

beijinhos no nariz é tudo o que ando a precisar