27 de agosto de 2012

Muito Raquel


Ouvimos música. Para que o silêncio não seja só a minha vontade de não me pronunciar. Para que não se ouça a minha mente, quente e fria porque sou calor de inverno. Porque quero coisas que não dá para pedir, sem lutar por elas. Somos assim. Não sei bem se o vento, se as folhas já no chão... mas somos a instabilidade que vem muito depois do amor. Porque nesse contínuo a acreditar. Mesmo que só venhas de vez em quando. Mesmo que sejam datas longas e distantes, os minutos em que estás cobrem os momentos em que não és sequer. Mas há medo. Há medo. Às vezes sinto que sou o medo. Não sei bem porque o faço, mas não há ninguém melhor para me atormentar do que eu própria. Não há ninguém melhor.

6 comentários:

Abbie disse...

quero-te mais perto emmeline. vou deixar-te o meu numero, para puder contar-te o que o tempo não leva, e o que o presente não consegue apagar. 913957637, um beijo doce, espero por uma mensagem tua.

Mariana Santos disse...

o nosso pior inimigo por vezes está dentro de nós, naquilo que somos, no medo que resido em sermos nós... Mais uma vez dá prazer ler-te.

leah disse...

escrito com tanto sentimento, adorei*

disse...

Nunca há ninguém melhor do que nós próprios para nos atormentar. Mas é nessas alturas que mostramos o quanto forte somos, vencendo-nos. :)

Mafalda disse...

A Raquel podia ser qualquer uma de nós, não podia? A Raquel é um bocadinho de todos nós, não é? Hoje sinto-me a Raquel.

Abbie disse...

fala-me emmeline