31 de agosto de 2011
a vida e as suas paragens
Jurei com os pés juntos e mãos a tremer, que a minha vida iria seguir. Ou melhor, que ia seguir com a minha vida. Que ia deixar-me levar pelo tempo, nesta estrada que tantos dias me parecerá estranha e até quem sabe absurda. Mas eu tenho de ir. Se descobrires até lá que o amor pode mesmo existir e que as saudades matam pessoas como eu, entra na viagem comigo. Vamos ver no que a vida dá. Vamos ver o resultado desta equação dramática que é o nosso amor. Meticuloso, ansioso, e curioso. Porque a vida sempre nos foi tanto... que tanto nos deixou por mostrar. E hoje estou a escrever-te com o coração na língua, a ouvir uma música enquanto tento conter as lágrimas. Tem sido tão complicado. E tão pouco tudo aquilo que te dou de mim, já sem ninguém saber, nem mesmo tu..continuo a querer a vida para nós e continuo a querer o tempo como nosso guia numa viagem adorável. Sabes me bem, e agora fazes-me falta. Fazes-me falta. (...)
30 de agosto de 2011
26 de agosto de 2011
Porque... é a Claire
"Gosto de quando parecemos para sempre. Sempre preferi o pensar inocente, a contente ingenuidade. Sempre gostei quando me dás segurança que amanhã somos nós, e que depois ainda iremos continuar a ser nós. Que as nossas vidas não tem de se fundir, perder-se uma na outra, e separar-se. Que a distância significa solidão, e isso nunca os nossos sorrisos iriam permitir. Mas ainda assim... sabes que ainda assim gosto de pensar que somos para sempre, mesmo quando esse futuro possa acabar em menos de um mês. Só que sabes que sim, que gosto quando parecemos para sempre. Inquebráveis. Inabaláveis.Perseguidores, um do outro. Num assalto ao coração. Um assalto onde ninguém sai machucado, nem ninguém perde nada. Ninguém perde ninguém. Porque eu gosto de quando parecemos para sempre, sem fim, mesmo que ao virar da esquina nos espere uma pedra a impedir passagem, sei que ambos reunimos força suficiente para que nunca ninguém nos quebre. Sei que a amizade escreveu-se na nossa alma a negrito. E em letras maiúsculas, proibindo-nos de ser infelizes e quebrar laços. Porém, a tua cabeça sabe-o. O teu coração sabe-o. E os nossos abraços prolongados confirmam-no: gosto de pensar que somos para sempre. Gosto de te ver como o amor da minha vida, gosto que sejas tu. Gosto dos teus defeitos e de me ligar a eles como se de qualidades se tratassem. Porque a ser sincera, sempre preferi os teus defeitos. Dar de caras com eles é moldar-me a ti. Tal como fizeste tantas vezes por mim. E eu gosto, até ao fim, de nos ver como um para sempre. De nos sentir até nunca mais acabar. Porque para nunca mais mentir, os nossos laços pedem os pedaços que lhes foram retirados. Eu sei. Mas viver a ilusão sabe me tão doce... deixa-me num lugar tão distante. Deixa-me a entrar em ti. A pedir-te que sonhes comigo esta noite. Que sonhes num para sempre. Porque gosto quando parecemos para sempre, mesmo que a vida sejam dois dias."
Também para sempre,
Claire
Também para sempre,
Claire
24 de agosto de 2011
23 de agosto de 2011
- Palavras com amor. foi sempre desse modo que me dirigi a ti
- Ou o amor que fingiste?
- Ainda que fosse o caso, não se finge o amor. ou se ama, ou não se ama e aí nem à réstia nem pólvora que deixe rasto disso
- Foi por isso que nunca o notei, talvez. por ter sido uma farsa
- Não notaste porque nos teus olhos cabe tudo menos eu, inteira. tal como sou. e quiseste andar sempre acordado mas de olhos fechados, como um pássaro que tem a desculpa de viver voando quando cai
- Então porque é que não te deste, tão somente tu?
- Porque me disfarcei de ti, de pedaços teus para que o reencontro não te soubesse tão estranho. disfarcei-me de ti para reparares que as tuas palavras frias cabem no meu coração derretido, ainda assim..ainda assim
- Talvez tenha sido eu a fingi-lo, então. a fingir que me pertencias
- Ainda que fosse o caso, não se finge querer alguém, e a si dar-se. ou te pertencia, ou não te era rigorosamente nada. sempre fomos 8 ou 80. sempre
- Por isso te sinto agora, porque tomaste desta vez as minhas palavras duras e o meu coração está a bater três vezes mais depressa e quente..tão quente
- Tão quente..por ser verão ou porque estás a perceber que vou morar pra sempre aí, em ti?
- Porque ainda que fosse o nosso caso, nunca te iria deixar fugir de mim. ou te deixo toda, ou ficas para sempre. sempre fomos 8 ou 80, não é?
- Ou o amor que fingiste?
- Ainda que fosse o caso, não se finge o amor. ou se ama, ou não se ama e aí nem à réstia nem pólvora que deixe rasto disso
- Foi por isso que nunca o notei, talvez. por ter sido uma farsa
- Não notaste porque nos teus olhos cabe tudo menos eu, inteira. tal como sou. e quiseste andar sempre acordado mas de olhos fechados, como um pássaro que tem a desculpa de viver voando quando cai
- Então porque é que não te deste, tão somente tu?
- Porque me disfarcei de ti, de pedaços teus para que o reencontro não te soubesse tão estranho. disfarcei-me de ti para reparares que as tuas palavras frias cabem no meu coração derretido, ainda assim..ainda assim
- Talvez tenha sido eu a fingi-lo, então. a fingir que me pertencias
- Ainda que fosse o caso, não se finge querer alguém, e a si dar-se. ou te pertencia, ou não te era rigorosamente nada. sempre fomos 8 ou 80. sempre
- Por isso te sinto agora, porque tomaste desta vez as minhas palavras duras e o meu coração está a bater três vezes mais depressa e quente..tão quente
- Tão quente..por ser verão ou porque estás a perceber que vou morar pra sempre aí, em ti?
- Porque ainda que fosse o nosso caso, nunca te iria deixar fugir de mim. ou te deixo toda, ou ficas para sempre. sempre fomos 8 ou 80, não é?
Raquel
20 de agosto de 2011
Serei sempre das histórias
«Desta vez sou eu a precisar dos teus braços, do teu amparo. De sentir que sei ainda decore o teu cheiro, que sei os teus passos e que ainda ouço ao fundo a tua voz, com medo de falar a verdade. Com a minha doçura inquietante, com a minha dificuldade em querer ser e sê-lo - tão simples quanto dito. Parece que ainda estou à tua espera pela manhã, e que todos os dias eram dias para ser felizes. Que os beijos não eram tudo, mas a tua mão perto da minha era mais do que muito. Que eu era mais bonita, ganhava outra graciosidade quando te aproximavas, que nem um príncipe, um herói tão verdadeiro para mim que chegou sem me conhecer e vim a descobrir que nasci com o que mais gostas, nasci com bocados teus que não morrem nas despedidas, nem nas ausências, que tão longas têm sido. Que eu não morro se tu não estás, mas fico sem metade. Que me vou, para algures sem nome, tão fundo que escuro. E que lá não sei pintar o teu nome, nem acordar com vontade, que se torna constante a minha falta de ser, e o meu choro inebriante a tocar-te o peito. De longe, tão de longe. Mas parece que ainda me estou a ver ao teu lado, em segredos contados e pouco discretos, abraços que formavam o nosso espaço e desejo. Tão ternurento, que só tu. Parece que ainda estou a falar-te simples, para que um amo-te não te confundisse demais. Parece que as saudades mergulharam no meus pés, sem os deixar mexer, no meu cabelo sem o deixar brilhar, nos meus braços sem os querer dar, em mim inteira sem me querer recuperar. Recuperar do que não se vai, do que não se desfaz de mim ou das minhas mãos. Parece que o inverno faz-me feliz se pensar em frio e abraços aconchegantes. Parece que estás perdido e que ainda sou a única maneira de te sentires orientado. Parece que não há outro caminho. Que, à luz dos meus olhos, nenhum outro caminho será viagem tão adorável quanto seguir-te para onde quer quer vás. Onde quer que te escondas, sem aviso. Minha inconstância. Sou uma estupidez tão grande, que nos acho o problema perfeito. Deixa-te ficar. O teu cheiro ficou, ficou tudo. Ficaste tu, mesmo sem saber. Agora tens me nas tuas mãos. Traz-me de volta.»
Claire volta a escrever-te, quando as folhas caem.
Outono, 2009
15 de agosto de 2011
Dentro do Coração. até para sempre Emmeline
Porque talvez a sombra que nos sufoca durante o dia, naquelas ruas que não sabemos como fomos lá parar, talvez esse lado negro sobre nós tenha de surgir. Tenha de ficar. Não para sempre, mas até ao momento onde nos dermos ao bem, à simplicidade harmoniosa, tanto que quem sabe utópica, que é o amor. Darmo-nos a alguém, deixá-la viver na nossa vida e no nosso caminho. É quando um beijo não basta, e as nossas palavras já são demais. Os corpos precisam se, e a minha sanidade mental mais do que nunca precisa de degraus seguros, de viagens relaxadas e de caminhos sem turbulência. Preciso de deixar a Raquel, de deixar a Claire, preciso que a Emmeline pare de camuflar as suas histórias com histórias de ninguém, histórias que saem dos meus dedos com receitas do meu coração. Preciso de parar, preciso de deixar um mundo tão grande que todos os dias me acolhe. Preciso de me limitar, de me impor, de não voar para onde surge caminho mais simples. Preciso de ser eu sozinha. De lutar, de dizer coisas ao coração vindas do coração. Preciso de ouvi-las, também. Aliás, preciso de viver dessa melodia. De juntar os pedaços do meu coração, de junta-los porque a vida merece-me. Porque o tempo não foi feito único e exclusivamente para mim. Não foi feito para me esperar num banco de jardim, até às horas em que eu quisesse ficar fora de mim, fora dos meus passos, que nem cinderela sem regressar ao castelo. Preciso de parar de pensar nos outros e no que eles esperam de mim. Preciso de sair da zona de conforto, e encontrar-me com as paredes duras. Ou talvez o chão. Mergulhar sem medo. Voltar com vida.
11 de agosto de 2011
6 de agosto de 2011
Quando espreitas à porta do meu interior, há sempre alguma da tua luz que fica em mim. A aquecer-me tudo que, com o tempo, gela e perde cor. Mas o destino ensinou-me a sonhar, mas sobretudo a cuidar dos meus sonhos. A esperar alguma luz, mas sem que isso se tornasse a minha sobrevivência. O destino tem vindo a ditar-me os passos que devo tomar, sem ser preciso pressas nem curiosidades do futuro. A vida tem me ensinado o presente, o hoje sobreposto ao passado e ao que virá. Tem me ensinado que o tempo não mora em nós, mora fora do nosso controlo, fora das nossas mãos. Não o podemos moldar, nem estudar para quê o queremos usar e com quem o queremos gastar. Tenho aprendido, e sobretudo contigo. Sobretudo com palavras pequenas, e gestos grandes. Sobretudo com esperanças, com sonhos cuidados e guardados em mãos de ouro. Sobretudo contigo. Sobretudo comigo. Juntos
1 de agosto de 2011
Pisa a vida em passos arriscados, não tão fortes como corações de pedra, nem tão leves como beijos requintados. Encontra a utopia que é a harmonia, e vive por lá sem ninguém notar que existes. Quando começares a gostar do que vives, passa a gostar do que és e depois do que te rodeia. Quando esse dia chegar escreve uma carta a contar-me como te sentes nesse mundo que te tornaste. Não te demores
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